Salamander, such devilish animal this is. It’s bathed in ancient myths for
its emerging from fires, engulfed in flames. Or even spread out fears from
deadly poison for all those that drink water from wells were it slept.
Truth to be told, this poor thing just likes to hide in damp hollow logs
and remains there undisturbed until someone throws the beast, unintendedly,
towards the fire. The other myth has more reason as samandarin, a neurotoxic
alkaloid, is a self-defense mechanism, with vivid yellowish warnings on dark bodies.
Left alone poses no threat and it’s a useful insect and worm devourer.
Salamanders are an intricate part of Sintra and though they might be enjoying
all the wood from fallen trees, many of them may end up crawling out of fires
this Winter… running towards an even more deadly human.
Salamandras-de-fogo,
ou salamandra-de-pintas-amarelas. Que animal demoníaco este, banhado em antigos
mitos pela sua comum emergência de fogueiras, com o corpo envolto em chamas. Ou
o disseminado medo de todos os que beberem a água de um poço habitado por uma
delas morrerem envenenados.
Verdade seja dita,
estes pobres “diabos” apenas gostam de recorrer a madeira oca e húmida como esconderijo,
aí permanecendo até que alguém os atire, sem saber, para as chamas. O outro mito
talvez tenha algum suporte racional, já que samandrina, um alcalóide neurotóxico,
serve de mecanismo de autodefesa, devidamente marcado pelas suas manchas
amarelas sobre um corpo negro.
Não importunado,
não representa qualquer ameaça e são um útil devorador de insectos e vermes. As
salamandras são intrínsecas de Sintra. E, embora, possam estar a apreciar a
madeira de todas as árvores caídas, temo que, este Inverno, muitas acabem na
fogueira, rastejando das chamas para sucumbir aos medos humanos.
Fire salamander
/ salamandra-de-fogo ou salamandra-de-pintas-amarelas – Salamandra-salamandra
Sintra, Portugal
2013, Novembro