2016-12-20

Drave, God (and Man) forsaken place

Drave is a village stuck in a cove between Freita, Saint Macário and Arada Mountain Ranges. It has been abandoned, years ago. The village blends with the mountains, with its perfectly stacked shale stone houses. Only the church, painted in white, contrasts with the surroundings. Spending time and walking through this village, in a cold and stormy day, is a unique experience. At a glance, it seems that time has stood still. The village still retains its aura of human existence, as common households, farming tools and whine barrels have been left behind. Water still flows through the river mills. Even an old stone press, with its rusting mechanism, seems to be waiting for olives to produce oil once again. Yet, goats graze where people lived and farmed. Silence is interrupted by rotten wood cracking beneath the heavy stone structures. A stone saddle granary has tumbled with the winds. Everywhere, decay has settled. Nature, slow but undeterred, regains its space and claims dominance once again. Moss overlaps stones. Their gaps filled with wild flowers and all sorts of grasses. Even where ceilings have fallen to the ground, trees emerge from within the houses, rising above its walls. Small animals can be seen lurking as its inhabitants. Curiously, the absence of mankind’s permanent presence has led to the emergence of all sorts of life.

Drave é uma aldeia enfiada numa cova entre as Serras de Freita, São Macário e Arada. Abandonada há anos, a aldeia disfarça-se nas montanhas, com as suas casas de xisto, perfeitamente empilhado. Só a igreja, pintada de branco, contrasta com os arredores. Passar algum tempo nesta aldeia, caminhar através dela, é uma experiência única. À primeira vista, parece que o tempo simplesmente parou. A aldeia ainda retém uma aura de presença humana, emanada dos utensílios, ferramentas agrícolas e até barricas de vinho deixadas para trás. A ribeira ainda atravessa os moinhos de água. Até um antigo lagar de pedra, com os seus mecanismos enferrujados, parece apenas aguardar as azeitonas para voltar a produzir azeite. No entanto, as cabras pastam onde as pessoas moravam. O silêncio é interrompido pelo estalar da madeira podre sob o peso das pesadas estruturas de pedra. Um canastro tombou com os ventos. Por todo o lado, a decadência instalou-se. A Natureza, lenta mas implacável, retoma os seus espaços e procura novamente o domínio. O musgo sobrepõe-se à pedra. As flores silvestres e ervas preenchem os espaços. Até onde os tectos desabaram, as árvores emergem por dentro das casas, subindo acima das suas paredes. Pequenos animais podem ser vistos como os novos habitantes desta aldeia. Curiosamente, a ausência permanente da humanidade deu origem à emergência de toda uma nova vida.

Drave, Portugal
2016, Abril

2016-12-19

Ribeira de Palhais

Dividing the abandoned Drave’s village in half, Palhais River drops concurrently in waterfalls from the higher altitudes of Saint Macário Mountain Range. At the village’s bottom, it swallows its currents with other rain fed tributaries.
Dividindo a aldeia de Drave a meio, a Ribeira de Palhais caí em cascatas consecutivas, das altas altitudes da Serra de São Macário. Abaixo da aldeia, a sua corrente engrossa com outros tributários derivados das chuvas.

Drave, Portugal
2016, Abril

2016-12-02

Horizons

Alvão Mountain Range in the background, with Maroiço Mountain Range in the foreground, framed by Fafe Basto Mountain Range with its Morgair peak to the far right.
Serra do Alvão ao fundo, com a Serra de Maroiço em primeiro plano, enquadrada pela Serra de Fafe Basto com o seu Alto de Morgair à direita.
Serra da Cabreira, Portugal
2016, Novembro